O projeto PTDC/MAR/099642/2008 “Filogenia e quimiodiversidade de cianobactérias simbióticas em esponjas marinhas”, com a referência FCOMP-01-0124-FEDER-010568, financiado pelo Programa Operacional Factores de Competitividade - COMPETE e pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia tem como principal objetivo compreender o papel das cianobactérias em associação com esponjas.

Neste projeto será estudada a diversidade de cianobactérias simbióticas em esponjas e a sua relação com as espécies de hospedeiros, em águas temperadas do Atlântico Norte. Serão usadas várias abordagens, desde métodos tradicionais com identificação baseada na morfologia e estrutura microscópica até métodos moleculares com primers específicos para as cianobactérias e esponjas.

O estudo da potencial produção de toxinas (hepato e neurotóxicas) será realizado através do uso dos primers que detetam genes envolvidos na síntese de microcistinas, ciliondrospermopsinas e saxitoxinas. Primers já desenhados e primers degenerados serão usados e no caso de respostas positivas, recorrer-se-à a PCR e métodos químicos para avaliar a produção de toxinas.

A avaliação da transmissão vertical das cianobactérias e a possibilidade de a associação com novas espécies poder ocorrer durante o desenvolvimento das esponjas serão estudados com larvas de esponjas. Utilizar-se-á imunolocalização para detectar e quantificar as cianobactérias, incubando-se larvas de esponjas livres de cianobactérias, com espécies de vida livre locais.

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Imagens de satélite revelam aumento desigual do nível dos oceanos


Através da análise de imagens de satélite dos últimos 18 anos uma equipa de cientistas compôs uma visão nova e mais detalhada das alterações no nível do mar em todo o mundo.
Um novo estudo baseado em imagens de satélite afirma que o nível médio da água do mar está a subir em média três milímetros por ano. Contudo, a subida é desigual nas diferentes regiões do planeta. Por exemplo, o mar das Filipinas sofreu um aumento médio que ultrapassa os 10 milímetros por ano.
''O mapa de tendências é uma forma de olhar para as mudanças que ocorreram nos últimos 20 anos", afirma Steve Nerem, da Universidade do Colorado. ''Muitas destas variações tendem a tornar-se mais estáveis se analisadas por períodos mais longos. É por isso que precisamos de mais missões para compreender o porquê de tais variações'', acrescenta.
Paolo Cipolini, do Centro Nacional de Oceanografia da Grã-Bretanha, afirma também que ''muitas das características vistas no mapa de tendências indicam mudanças no armazenamento de calor e correspondem, a longo prazo, às variações nas correntes do oceano".
Esta investigação deverá ajudar os cientistas a compreender a escala dos diferentes fatores no aumento do nível médio da água do mar a longo prazo e as alterações anuais que podem ocorrer. Este estudo integra a Iniciativa de Mudanças Climáticas (CCI), aprovada pelo Agência Espacial Europeia (ESA).
Atualmente acredita-se que os principais responsáveis pelo aumento do nível da água do mar sejam a absorção de mais calor pelos oceanos e a água gerada pelo degelo dos glaciares e camadas de gelo.