O projeto PTDC/MAR/099642/2008 “Filogenia e quimiodiversidade de cianobactérias simbióticas em esponjas marinhas”, com a referência FCOMP-01-0124-FEDER-010568, financiado pelo Programa Operacional Factores de Competitividade - COMPETE e pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia tem como principal objetivo compreender o papel das cianobactérias em associação com esponjas.

Neste projeto será estudada a diversidade de cianobactérias simbióticas em esponjas e a sua relação com as espécies de hospedeiros, em águas temperadas do Atlântico Norte. Serão usadas várias abordagens, desde métodos tradicionais com identificação baseada na morfologia e estrutura microscópica até métodos moleculares com primers específicos para as cianobactérias e esponjas.

O estudo da potencial produção de toxinas (hepato e neurotóxicas) será realizado através do uso dos primers que detetam genes envolvidos na síntese de microcistinas, ciliondrospermopsinas e saxitoxinas. Primers já desenhados e primers degenerados serão usados e no caso de respostas positivas, recorrer-se-à a PCR e métodos químicos para avaliar a produção de toxinas.

A avaliação da transmissão vertical das cianobactérias e a possibilidade de a associação com novas espécies poder ocorrer durante o desenvolvimento das esponjas serão estudados com larvas de esponjas. Utilizar-se-á imunolocalização para detectar e quantificar as cianobactérias, incubando-se larvas de esponjas livres de cianobactérias, com espécies de vida livre locais.

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Austrália cria a maior rede de reservas marinhas do mundo

"O governo australiano anunciou a criação da maior rede de reservas marinhas do mundo que incluirá quatro regiões geográficas. Espera-se que estas reservas sejam declaradas no fim de 2012.
O ministro do ambiente australiano, Tony Burke, anunciou a criação de uma rede de reservas marinhas que será a maior do mundo. “Ao longo de gerações os australianos compreenderam a necessidade de preservar áreas valiosas em terra através de parques nacionais. Os nossos oceanos contêm vida marinha única que também precisa de proteção.”
O ministro acrescenta ainda que não será esquecido o apoio a comunidades costeiras e à indústria marinha. “Ao longo dos próximos meses, o governo irá consultar a indústria pesqueira e as agências de gestão de pescas para o planeamento e implementação do pacote de assistência às pescas.” Contudo, salientou que já é muito tarde para alterar a localização e dimensão das reservas.
A rede de reservas marinhas terá 3.1 milhões de quilómetros quadrados. Incluirá quatro regiões geográficas: a Coral Sea Region, a South-West Marine Region, a Temperate East Marine Region e a North-West Marine Region. A proteção das reservas marinhas incluídas nesta rede será diferente consoante os diferentes níveis de classificação.
As Zonas de Parques Nacionais Marinhos têm o mais alto nível de proteção, estando proibidas atividades de extração de petróleo e pesca. A passagem de embarcações ainda é possível nestas zonas, assim como turismo e algumas atividades recreativas como mergulho.
As Zonas de Proteção de Habitats e Zonas de Parques de Conservação protegem habitats como os recifes de coral. Nestas áreas são autorizadas algumas atividades extrativas, como algumas formas de pesca comercial, pesca de recreio e turismo.
As Zonas de Usos Múltiplos e Zonas de Finalidades Especiais permitem uma maior variedade de atividades, tanto recreativas como comerciais. Contudo, atividades pesqueiras por arrastão e por redes de emalhar estão excluídas.
Espera-se que estas reservas marinhas sejam declaradas no fim de 2012."

Notícia publicada a 14 de Junho de 2012