O projeto PTDC/MAR/099642/2008 “Filogenia e quimiodiversidade de cianobactérias simbióticas em esponjas marinhas”, com a referência FCOMP-01-0124-FEDER-010568, financiado pelo Programa Operacional Factores de Competitividade - COMPETE e pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia tem como principal objetivo compreender o papel das cianobactérias em associação com esponjas.

Neste projeto será estudada a diversidade de cianobactérias simbióticas em esponjas e a sua relação com as espécies de hospedeiros, em águas temperadas do Atlântico Norte. Serão usadas várias abordagens, desde métodos tradicionais com identificação baseada na morfologia e estrutura microscópica até métodos moleculares com primers específicos para as cianobactérias e esponjas.

O estudo da potencial produção de toxinas (hepato e neurotóxicas) será realizado através do uso dos primers que detetam genes envolvidos na síntese de microcistinas, ciliondrospermopsinas e saxitoxinas. Primers já desenhados e primers degenerados serão usados e no caso de respostas positivas, recorrer-se-à a PCR e métodos químicos para avaliar a produção de toxinas.

A avaliação da transmissão vertical das cianobactérias e a possibilidade de a associação com novas espécies poder ocorrer durante o desenvolvimento das esponjas serão estudados com larvas de esponjas. Utilizar-se-á imunolocalização para detectar e quantificar as cianobactérias, incubando-se larvas de esponjas livres de cianobactérias, com espécies de vida livre locais.

terça-feira, 19 de junho de 2012

Esponja perfurante amarela na Praia de Buarcos

Na amostragem feita à Praia de Buarcos na Figueira da Foz, destaca-se a presença da  esponja Cliona celata. Esta esponja, até agora só tinha sido encontrada a grande profundidade.

Cliona celata

Embora com pouca qualidade (um pouco desfocada) apresenta-se um pequeno vídeo com a espécie Cliona celata no local de amostragem.


Espécie: Cliona celata (Grant, 1826)
Classe: Demospongiae
Ordem: Hadromerida
Família: Clionaidae
Cor: Amarela
Consistência: Compacta. Esta esponja pode ocorrer em duas formas: a forma perfurante - com papilas e associada às rochas calcárias, conchas, entre outros; forma massiva - com papilas achatadas.  
Espículas: Dentro das Megascleras, nesta espécie estão presentes espículas do tipo "tylostyles". Em relação às microescleras, estas normalmente, estão ausentes. 
Habitat: A forma massiva ocorre nas rochas. 
A forma perfurante ocorre em conchas, pedras calcárias e algas vermelhas. 
Distribuição: Amplamente distribuída pela costa da Europa Ocidental, Irlanda e Rio Grande do Norte.
A forma massiva é bastante comum no SW da Grã Bretanha.
Etimologia: celatus (Latim) = escondido, refere-se ao seu habitat.